Nossos Baluartes

SÃO BENTO

Abade vem de “Abbá”, que significa pai, e isso o santo de hoje bem soube ser do monaquismo ocidental. São Bento nasceu em Núrcia, próximo de Roma, em 480, numa nobre família que o enviou para estudar na Cidade Eterna, no período de decadência do Império.

Diante da decadência – também moral e espiritual –, o jovem Bento abandonou todos os projetos humanos para se retirar nas montanhas da Úmbria, onde dedicou-se à vida de oração, meditação e aos diversos exercícios para a santidade. 

 Depois de três anos numa retirada gruta, passou a atrair outros que se tornaram discípulos de Cristo pelos passos traçados por ele, que buscou, nas Regras de São Pacômio e de São Basílio, uma maneira ocidental e romana de vida monástica. Foi assim que nasceu o famoso mosteiro de Monte Cassino.

A Regra Beneditina, devido a sua eficácia de inspiração que formava cristãos santos por meio do seguimento dos ensinamentos de Jesus e da prática dos Mandamentos e conselhos evangélicos, logo encantou e dominou a Europa, principalmente com a máxima “Ora et labora”. Para São Bento, a vida comunitária facilitaria a vivência da Regra, pois dela depende o total equilíbrio psicológico; desta maneira, os inúmeros mosteiros, que enriqueceram o Cristianismo no Ocidente, tornaram-se faróis de evangelização.

São Bento foi o primeiro baluarte de nossa comunidade, que a seu exemplo possamos em nossa missão como operários viver o “Ora et labora”.

SANTA TEREZA D’ÁVILA

Santa Teresa de Ávila (também conhecida como Santa Teresa de Jesus). Teresa nasceu em Ávila, na Espanha, em 1515, e foi educada de modo sólido e cristão, tanto assim que, quando criança, se encantou tanto com a leitura da vida dos santos mártires a ponto de ter combinado fugir com o irmão para uma região onde muitos cristãos eram martirizados; mas nada disso aconteceu graças à vigilância dos pais.

Aos vinte anos, ingressou no Carmelo de Ávila onde viveu um período no relaxamento, pois muito se apegou às criaturas, parentes e conversas destrutivas, assim como conta em seu livro biográfico.

O seu segredo foi o amor. Conseguiu fundar mais de trinta e dois mosteiros, além de recuperar o fervor primitivo de muitas carmelitas, juntamente com São João da Cruz. Teve sofrimentos físicos e morais antes de morrer, até que em 1582 disse uma das últimas palavras: “Senhor, sou filha de vossa Igreja. Como filha da Igreja Católica quero morrer”.

No dia 27 de setembro de 1970, o Papa Paulo VI reconheceu-lhe o título de Doutora da Igreja. Sua festa litúrgica é no dia 15 de outubro. Santa Teresa de Ávila é considerada um dos maiores gênios que a humanidade já produziu. Mesmo ateus e livres-pensadores são obrigados a enaltecer sua viva e arguta inteligência, a força persuasiva de seus argumentos, seu estilo vivo e atraente e seu profundo bom senso. O grande Doutor da Igreja, Santo Afonso Maria de Ligório, a tinha em tão alta estima que a escolheu como patrona, e a ela consagrou-se como filho espiritual, enaltecendo-a em muitos de seus escritos.

Para nós Operários da Messe olhamos esta grande Santa e Doutora como um grande sinal de intimidade,  a seu exemplo, buscamos também esta intimidade tão necessária com o Senhor todos os dias, subindo assim as moradas, para um dia nos encontrarmos com Ele. 

SANTA CATARINA DE SENA

Catarina nasceu em 1347 e morreu aos 33 anos no dia 29 de abril de 1380. Considerada doutora da Igreja, ela foi responsável pela volta do Santo Padre para Roma, e sempre teve um grande amor pelos sacerdotes.

Dotada de dons carismáticos, ao receber as pessoas, ela logo captava, por intuição, o segredo do coração delas. Ao falar em público, não cansava os ouvintes. Abraçava as pessoas com afeto, segurava-lhes as mãos. Ria com elas, e com elas chorava.
Ao tratar de assuntos referentes a Deus, não se preocupava em agradar ou desagradar as pessoas, fosse quem fosse.

Como uma baluarte de nossa Carísma, buscamos a seu grande exemplo viver a coragem e a ousadia de anunciar a verdade segundo a palavra e o magistério da Santa Igreja de Cristo.

SÃO PADRE PIO

Este digníssimo seguidor de São Francisco de Assis nasceu no dia 25 de maio de 1887, em Pietrelcina (Itália). Seu nome verdadeiro era Francesco Forgione. Ainda criança era muito assíduo com as coisas de Deus, tendo uma inigualável admiração por Nossa Senhora e o seu Filho Jesus, os quais via constantemente devido à grande familiaridade.

Conta a história que ele recomendava, muitas vezes, para as pessoas recorrerem ao seu Anjo da Guarda, estreitando assim a intimidade dos fiéis para com aquele que viria a ser o primeiro sacerdote da história da Igreja a receber os estigmas do Cristo do Calvário.

Abrasado pelo amor de Deus, marcado pelo sofrimento e profundamente imerso nas realidades sobrenaturais, Padre Pio recebeu os estigmas, sinais da Paixão de Jesus Cristo, em seu próprio corpo. Entregando-se inteiramente ao Ministério da Confissão, buscava, por meio desse sacramento, aliviar os sofrimentos atrozes do coração de seus fiéis e libertá-los das garras do demônio, conhecido por ele como “barba azul”.

Torturado, tentado e testado muitas vezes pelo maligno, esse grande santo sabia muito da sua astúcia no afã de desviar os filhos de Deus do caminho da fé. Percebendo que não somente deveria aliviar o sofrimento espiritual, recebeu de Deus a inspiração de construir um grande hospital, conhecido como “Casa Alívio do Sofrimento”, que se tornou uma referência em toda a Europa. A fundação desse hospital se deu a 5 de maio de 1956.

De 1918 a 1968, ano de sua morte, os estigmas o fizeram sofrer muito. Tudo suportava pela salvação das almas. Unia suas dores às de Jesus na cruz, por amor. Sofreu insultos, calúnias, foi investigado, até proibido de celebrar Missas para os fiéis. Os médicos realizaram exames em suas chagas e disseram que se tratava de algo sobrenatural. 

Padre Pio buscava no seu apostolado da cruz de Nosso Senhor toda a força e a sabedoria para viver a sua missão. Desde o início, compreendeu o seu caminho de cruz e o aceitou imediatamente como vontade de Deus. Por amor, levou sua cruz ao longo de sua vida. 

Foi beatificado no dia 2 de maio de 1999, pelo Papa João Paulo II, e canonizado no dia 16 de junho de 2002, também pelo saudoso Pontífice. Padre Pio dizia: “Ficarei na porta do Paraíso até o último dos meus filhos entrar!”.

Como baluarte de nossa Obra, buscamos viver a seu exemplo a grande fidelidade ao nosso chamado, mesmo em meio as cruzes e aos sofrimento. Olhando sempre para a cruz e nos unindo a Ela.

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